Um forte terremoto atingiu o leste do Afeganistão na noite de domingo (31/8, horário local), matando ao menos 800 pessoas e deixando milhares de feridos.
O tremor, de baixa profundidade, derrubou casas inteiras em vilarejos montanhosos e foi sentido também no Paquistão e na Índia. As autoridades alertam que o balanço pode subir à medida que equipes alcançam áreas isoladas.
Onde o impacto foi maior
O epicentro ficou próximo de Jalalabad, com destruição intensa nas províncias de Kunar e Nangarhar. A profundidade rasa (cerca de 10 km) potencializou os danos em áreas rurais, onde predominam moradias de adobe e pedra. Testemunhas relatam vilarejos arrasados e famílias soterradas, enquanto réplicas menores seguem sendo registradas.
Resgate sob dificuldades e pedidos de ajuda
Estradas danificadas, deslizamentos e chuva dificultam o acesso às áreas afetadas. Helicópteros têm evacuado feridos para hospitais regionais, mas a capacidade é limitada. O governo local pediu apoio internacional; ONU e organizações humanitárias mobilizaram equipes e insumos emergenciais. Autoridades falam em mais de 2,5 mil feridos, número que pode aumentar conforme o alcance do resgate.
Por que a tragédia foi tão grave
O Afeganistão está numa zona sísmica ativa, na interação das placas Indiana e Euroasiática. Tremores moderados e rasos costumam ser devastadores no país devido à qualidade das construções e à infraestrutura limitada. O episódio deste fim de semana já desponta entre os mais letais dos últimos anos e expõe a urgência de reforço estrutural e preparação para desastres.
Fontes: Metrópoles; Reuters; Al Jazeera; The Guardian; CBS/AP.
