As exportações das empresas barretenses sofreram forte retração no mês de agosto, após a entrada em vigor da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre parte dos produtos brasileiros.
No primeiro mês de vigência da medida, as vendas barretenses ao mercado norte-americano caíram 78,1%, representando uma perda de aproximadamente 4,4 milhões de dólares. Com isso, o volume total exportado para os EUA recuou para 1,2 milhão de dólares, equivalente a apenas 3,9% de todo o montante comercializado pelo município no período, que somou 31,2 milhões de dólares.
Impacto direto no comércio exterior de Barretos
O chamado “tarifaço” afeta diretamente setores exportadores da cidade, que tradicionalmente encontravam nos Estados Unidos um dos principais destinos de seus produtos. A perda de quase 80% em apenas um mês acende um sinal de alerta para empresários locais, que já vinham enfrentando custos elevados com logística e câmbio. Especialistas apontam que a medida pode forçar a diversificação dos mercados compradores, sob risco de comprometer a estabilidade de cadeias produtivas instaladas em Barretos.
China amplia protagonismo nas exportações
Enquanto as vendas aos EUA despencaram, a China consolidou ainda mais sua posição como principal parceiro comercial do município. Em agosto, as exportações barretenses para o mercado chinês cresceram expressivos 136,8%, alcançando 12,4 milhões de dólares — um salto de 7,1 milhões em relação ao mês anterior. Hoje, os chineses respondem por 39,7% de tudo o que Barretos vende ao exterior, confirmando a tendência de dependência crescente desse mercado asiático.
Dados oficiais e perspectivas futuras
Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e repercutiram amplamente no meio empresarial. A expectativa é que novas negociações internacionais possam amenizar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Enquanto isso, a orientação de analistas é que empresas locais busquem alternativas em outros mercados emergentes e fortaleçam relações comerciais já existentes. Para Barretos, o desafio imediato é equilibrar a queda brusca nas exportações ao mercado americano com a oportunidade de expansão em países que se mostram mais receptivos.
Fonte principal: Jornal de Barretos
(Dados oficiais: MDIC)

