Exército israelense anuncia passagem emergencial para acelerar a saída da população civil em meio a nova ofensiva militar.
A abertura do corredor, limitada a 48 horas, busca permitir que milhares de moradores deixem a região mais rapidamente, em meio ao cerco e aos intensos bombardeios. A medida, no entanto, não elimina as críticas internacionais sobre os riscos humanitários e a insegurança das rotas propostas.
Corredor de evacuação
As Forças de Defesa de Israel informaram, nesta quarta-feira (17), que a estrada Salah al-Din ficará aberta por 48 horas para permitir o deslocamento de moradores da Cidade de Gaza em direção ao sul. O anúncio foi feito pelo porta-voz militar Avichay Adraee, que ressaltou que a medida busca facilitar a movimentação da população em meio ao avanço das tropas.
Ofensiva militar intensificada
O anúncio ocorre logo após a retomada das operações terrestres israelenses no norte da Faixa de Gaza, apontado por Tel Aviv como principal reduto do Hamas. Segundo os militares, a região concentra túneis usados para fuga, armazenagem de armas e até cativeiro de reféns. A artilharia pesada já atingiu dezenas de alvos nas últimas 48 horas.
Críticas da comunidade internacional
A Organização das Nações Unidas criticou duramente a nova ofensiva. A entidade alertou para o risco de massacre de civis e destruição de infraestrutura essencial, incluindo hospitais e abrigos. O secretário-geral António Guterres declarou que a população palestina vive uma “matança sem precedentes” e destacou que não há mais áreas seguras no enclave.
Situação humanitária agravada
Embora cerca de 40% dos moradores da Cidade de Gaza já tenham deixado o local desde o início de setembro, outros 60% ainda permanecem na região. Muitos não têm condições de se deslocar novamente e enfrentam a escassez de água, alimentos e abrigos. A zona humanitária indicada por Israel, em Al Mawasi, também é alvo de ataques, o que gera descrédito sobre a segurança da rota.
Fonte: SBT News

