baluartv.com.br | Plano para matar delegado Ruy Ferraz foi arquitetado meses antes da emboscada, apontam investigações

Plano para matar delegado Ruy Ferraz foi arquitetado meses antes da emboscada, apontam investigações

As investigações sobre o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, revelam que o plano criminoso começou a ser articulado meses antes da execução.

O fato aconteceu em Praia Grande, município do Litoral Sul do Estado de São Paulo. Mais uma vez, um alerta se acende e escancara a capacidade que facções adquiriram de arquitetar planos e conseguir consumá-los com precisão. O que por sua vez, requer um acirramento das ações táticas da Polícia.

Execução com características de crime calculado

Segundo apurações policiais, a emboscada não foi resultado de uma ação repentina. O crime foi planejado de forma meticulosa desde o início do ano, com o roubo de veículos utilizados no ataque, como um Jeep Renegade e uma Toyota Hilux. Esses automóveis foram preparados para garantir a mobilidade dos atiradores e dificultar a investigação após o homicídio.

Delegado alvejado com dezenas de disparos

Ruy Ferraz Fontes foi atacado na noite de 15 de setembro enquanto dirigia sozinho um carro da família, sem blindagem. Pelo menos seis criminosos encapuzados cercaram o veículo e efetuaram cerca de 29 disparos de fuzil. A violência da execução evidenciou a intenção de eliminar qualquer chance de sobrevivência e de enviar um recado ao aparato de segurança pública.

Suspeitos identificados e conexões com o PCC

As investigações do DHPP já identificaram dois suspeitos, sendo um deles vinculado diretamente à cena do crime por meio de impressões digitais encontradas em um dos veículos usados. O Ministério Público também reforçou a hipótese de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção com a qual Ruy tinha histórico de enfrentamentos desde os anos 2000 e de onde partiram ameaças anteriores contra ele.

Debate sobre proteção de ex-autoridades

O caso reacendeu o debate sobre a vulnerabilidade de autoridades que enfrentaram o crime organizado. Ruy, que atuava como secretário de Administração em Praia Grande, vivia sem escolta e sem veículo blindado, mesmo tendo plena consciência das ameaças contra sua vida. Especialistas apontam que a ausência de medidas de segurança adequadas pode ter facilitado a ação dos criminosos.

Fonte: Bacci Notícias

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