O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quinta-feira que prevaleça a paz diante de sinais recentes de mobilização militar dos Estados Unidos contra cartéis de drogas na América Latina.
A chamada contrasta com declarações anteriores de tom mais combativo e reforça a preocupação regional com uma possível escalada.
Apelo direto à “guerra louca”
Durante assembleia com sindicatos, Maduro disse: “Não à guerra. Yes peace, yes peace, forever, peace forever. No crazy war! Não à guerra louca! No crazy war!”. A fala foi interpretada por analistas como um esforço de moderação do governo venezuelano em tom dramático, que visa afastar a imagem de conflito aberto.
Ameaça americana e o contexto da declaração
No mesmo dia, o Donald Trump afirmou que em breve haverá “operações terrestres” norte-americanas contra cartéis latino-americanos. Embora a Venezuela não tenha sido citada diretamente, autoridades venezuelanas interpretam os movimentos dos EUA como possíveis preparativos para intervenção ou repressão no Caribe.
Retrocesso de tom e ironia anterior
Há pouco mais de um mês, Maduro adotara um discurso mais agressivo ao se referir aos que o perseguem como “covardes” e sugerir que poderiam “vir buscá-lo”. Agora, o apelo à paz marca uma guinada no discurso. A mudança aponta para o reconhecimento de que a escalada militar poderia trazer perdas políticas e econômicas ao país.
Consequências e repercussões internacionais
A declaração venezuelana chega em momento de tensão crescente entre Caracas e Washington. O envio de navios de guerra e a autorização das ações da Agência Central de Inteligência (CIA) na região aumentaram o receio de um conflito mais amplo. O apelo por paz poderá influenciar, por ora, a narrativa diplomática, embora ainda persista risco elevado de confronto.
Fonte (Referência das Informações): https://sbtnews.sbt.com.br/noticia/brasil/sbt-noticias-maduro-faz-apelo-por-paz-apos-ameaca-de-acao-militar-terrestre-dos-eua
