O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi preso nesta quinta-feira em mais um desdobramento da ação da PF que investiga fraudes em descontos de aposentadorias e pensões.
A operação mira um esquema bilionário, e sua detenção reforça a percepção de que a crise ainda não findou.
Exoneração após primeiro impacto
Stefanutto deixou o comando do INSS em abril. Fato que ocorreu logo após a primeira fase da força-tarefa “Sem Desconto” revelar irregularidades nos convênios com entidades que realizavam descontos não autorizados em benefícios. A saída dele ocorreu em meio à pressão sobre o órgão para reagir frente às denúncias.
Operação atinge múltiplos estados
A nova etapa da investigação envolveu mandados de prisão e busca em diversos estados da federação. Teve foco em servidores públicos, intermediários e associações que actuavam no esquema de descontos indevidos.
Convocação pela CPMI e quebra de sigilos
Stefanutto já havia sido intimado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS (CPMI) e teve seus sigilos bancário, fiscal e eletrônico quebrados. O comitê sustenta que ele autorizou “desbloqueios em lote” de descontos associativos sem parecer técnico prévio — prática central nas apurações.
Prejuízo estimado em bilhões de reais
As investigações estimam que o esquema envolva mais de R$ 6 bilhões em descontos indevidos de benefícios previdenciários, atingindo aposentados e pensionistas em todo o país. A prisão de um ex-comandante do INSS evidencia a amplitude da crise.
Fonte: SBT News – “Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, é preso em operação da PF contra fraudes em descontos” (link)

