Um documentário britânico sugere que Adolf Hitler poderia ter sofrido da Síndrome de Kallmann — condição genética rara que afeta o desenvolvimento genital, a produção de testosterona e a libido.
O tema volta a gerar debates entre historiadores, antropólogos, sociólogos e especialistas em genética, movimentando a linha tênue entre fatos e hipóteses.
O que é a Síndrome de Kallmann
A Síndrome de Kallmann é caracterizada por atraso ou ausência de puberdade, falta ou redução do olfato e baixa produção de hormônios sexuais. Embora tratável hoje, trata-se de uma condição pouco documentada nos anos 1930 e 1940, quando Hitler ascendeu ao poder.
Como o estudo foi realizado
Segundo o documentário do canal britânico Channel 4, amostras de sangue atribuídas a Hitler permitiram análise genética. As conclusões foram apresentadas como parte de uma nova investigação forense que combina história, medicina e DNA para lançar luz sobre traços comportamentais.
Possíveis implicações para o comportamento
Especialistas entrevistados afirmam que a condição poderia contribuir para sentimentos de inadequação, tensão com mulheres e ausência de descendentes reconhecidos. Entretanto, enfatizam que essa hipótese não exclui fatores históricos, sociais ou políticos que moldaram o ditador nazista.
Limites da pesquisa genética
A própria equipe do documentário reconhece lacunas: a amostra pode estar degradada e não há comprovação unânime na comunidade científica. Além disso, o fato de Hitler ser figura pública complexa exige cautela ao correlacionar genética e decisões históricas.
Repercussão na historiografia
A proposta reacendeu discussões entre historiadores sobre a saúde íntima do líder alemão e o papel da biologia em sua trajetória. Além disso, abre caminho para novas pesquisas forenses que ampliam o entendimento de figuras históricas por meio do DNA.
Fonte (Referência): O Globo – “DNA revela que Hitler tinha síndrome rara que afetava órgãos sexuais e comportamento” (link)

