O presidente russo Vladimir Putin declarou que Moscou pretende assumir o controle total da região do Donbass (formada por Donetsk e Luhansk) seja por meio militar ou pela retirada das tropas ucranianas.
Atualmente, a Rússia controla cerca de 19,2% do território da Ucrânia. O governo em Kiev rejeita qualquer ordem de retirada das áreas sob ocupação.
Declaração contundente de Putin
Em entrevista recente, Putin afirmou que a Rússia vai buscar o domínio completo de Donbass “pela força das armas” caso as tropas ucranianas não deixem a região. Segundo ele, esse controle total da área é prioridade — independentemente da resistência de Kiev ou da comunidade internacional.
Situação atual: 19,2% da Ucrânia sob controle russo
Hoje, a Rússia detém aproximadamente 19,2% do território ucraniano. Isso inclui a totalidade de Luhansk, grande parte de Donetsk e outras áreas ocupadas desde 2022, além da península da Criméia anexada em 2014. A expansão reflete os avanços territoriais desde o início da guerra em grande escala em fevereiro de 2022.
Rejeição firme de Kiev à retirada das tropas
O governo ucraniano rejeita veementemente qualquer exigência de retirada das suas forças das áreas de Donetsk e Luhansk. Autoridades em Kiev afirmam que não entregarão território conquistado no campo de batalha, e que qualquer demanda russa será considerada inaceitável.
Consequências geopolíticas e implicações de longo prazo
Se Moscou realmente assegurar o controle integral de Donbass, isso representará uma drástica mudança no equilíbrio geopolítico da Ucrânia e da Europa oriental. A perda da região — importante por sua infraestrutura industrial e valor estratégico — poderia comprometer a capacidade econômica e defensiva de Kiev, além de aprofundar o isolamento diplomático da Rússia. A comunidade internacional, contudo, não reconhece as anexações promovidas por Moscou e mantém o Donbass como parte do território ucraniano.
Fonte: SBT News, com base em reportagem da Reuters / Cobertura original: “Putin diz que Rússia tomará toda a região ucraniana de Donbass militarmente ou não”.
