Relato de ex-funcionário implicado no esquema de fraudes do INSS aponta que Fábio Luís Lula da Silva — conhecido como “Lulinha” — recebeu cerca de R$ 300 mil mensais de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”.
Isso segundo depoimento entregue à Polícia Federal (PF) e apresentado a integrantes da CPMI do INSS. Governistas dizem que as acusações são “factoide” e exigem provas.
Depoimento de ex-funcionário expõe supostos repasses
O ex-empregado de Antunes, identificado como Edson Claro, relatou à Polícia Federal que Lulinha teria recebido pagamentos mensais de aproximadamente R$ 300 mil — descritos como “mesada” — além de um valor global mencionado, e que a versão chegou parcialmente à CPMI do INSS.
Suposto vínculo societário e viagens internacionais
Segundo o mesmo depoimento, além dos repasses regulares, há menção a sociedade empresarial entre Lulinha e o Careca do INSS. A testemunha afirmou também que eles fizeram viagens juntos para Portugal, o que, para investigadores, pode indicar movimentação financeira ligada ao suposto esquema.
Pedido de convocação e reação da comissão
Com base nas revelações, parlamentares da CPI apresentaram requerimento para convocar Fábio Luís. No entanto, na votação realizada em 4 de dezembro de 2025, a comissão rejeitou o pedido — 19 votos contrários e 12 a favor — decidindo que “Lulinha” não precisará depor.
Contestações e alegações de falta de provas
Aliados do governo dizem que as alegações derivam de declarações de um investigado e cobram documentação que comprove os repasses. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) chegou a desafiar opositores a apresentarem provas concretas — reforçando a tese de que o caso pode se tratar de “factoide”.
Fonte original: reportagem do R7, com base em documentos e depoimentos da CPMI do INSS e da Polícia Federal.

