Adélio Bispo passará por avaliação psiquiátrica nos próximos dias para definir se ainda oferece risco à sociedade e se pode deixar a prisão.
Ele está detido em presídio federal e, caso o laudo indique que já não há periculosidade, poderá pedir sua liberação condicionada por acompanhamento.
Agendamento e equipe designada
Conforme apurado, diretores do Presídio Federal de Campo Grande deverão receber uma equipe de dois psicólogos para conduzir o exame. Esses profissionais terão a missão de aferir se Adélio ainda apresenta transtornos mentais que justifiquem a manutenção da medida de segurança. O laudo também precisará apontar prazo para nova reavaliação, caso persista algum risco.
Possíveis desdobramentos do laudo
Se o parecer mantiver a medida de segurança, o relatório deverá indicar o intervalo para nova perícia. Caso contrário, se for concluído que Adélio não oferece mais risco, ele poderá ser libertado, ainda que com exigência de acompanhamento ambulatorial. Também existe hipótese de transferência para hospital de custódia, unidade psiquiátrica especializada para casos desse tipo.
Recuo da defesa e histórico do réu
Ao longo dos anos, Adélio tem recusado presenciamentos no regime prisional: ele vive isolado, rejeita banhos de sol e chegou a recusar medicação prescrita para transtorno delirante persistente. Internamente, sua saúde seria reportada como deteriorada. O prontuário médico é mantido sob sigilo pelas autoridades.
Regime prisional garantido até 2038
Ele tem permanência assegurada no sistema prisional até pelo menos 2038, quando completará 60 anos, idade prevista para possível saída. Adélio foi considerado inimputável, motivo pelo qual não responde a ação penal tradicional, mas permanece sob medida de segurança. Atualmente ocupa cela de cerca de seis metros quadrados e não recebe visitas há mais de um ano.
Unidade prisional e limitações estruturais
A penitenciária federal de Campo Grande é apontada como a que oferece melhor estrutura para detentos com transtornos mentais — embora não disponha de instalações totalmente adequadas. Apesar de sua alta periculosidade, não há expectativa de transferência. Especialistas e agentes ouvidos consideram remota a liberação judicial, dada a usual ênfase na manutenção da ordem pública.
Fonte (Referência das Informações): www.metropoles.com

