O município de Jundiaí, no interior paulista, foi selecionado para abrigar a nova base de defesa antiaérea do Exército Brasileiro.
O projeto prevê a utilização de mísseis com alcance de 15 quilômetros, capazes de atingir aeronaves em alta velocidade — até 2.880 km/h — e defender uma área de até 40 km.
Transformação do 12º GAC em unidade antiaérea
Em julho deste ano, o Exército mudou a nomenclatura e a função do tradicional 12º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC). Este, sediado em Jundiaí, para 12º Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe). A operação integra-se ao Projeto Força 40, que visa modernizar o sistema de defesa nacional até 2039, mantendo, ao mesmo tempo, os serviços operacionais históricos do destacamento local.
Capacidade operacional e alcance dos sistemas
A nova estrutura incluirá mísseis de média altitude com 15 km de alcance e cobertura estimada de até 40 km. Além disso, serão operados radares e sensores capazes de rastrear aviões a velocidades de até 2.880 km/h. Bem como drones, helicópteros, mísseis e bombas a distâncias superiores a 150 km.
Importância estratégica de localização em Jundiaí
A escolha de Jundiaí se justifica pela sua localização próxima à Rodovia Anhanguera e ao Rodoanel Mário Covas, com fácil acesso à Baixada Santista e ao porto de Santos. A proximidade também favorece a proteção aérea sobre regiões metropolitanas como São Paulo, bem como centros industriais e logísticos como Campinas e Sorocaba.
Cenário atual e implicações geopolíticas
Hoje, a principal base de defesa antiaérea brasileira está localizada no Guarujá, litoral paulista. A mudança para o interior reflete preocupações de segurança nacional em meio a conflitos globais, como os das Ucrânia–Rússia e Israel–Hamas. Apesar dos eventos recentes no cenário internacional, oficiais afirmam que a modernização e realocação da base já vinham sendo planejadas independentemente das crises externas.
Fonte (Referência das Informações): Portal Metropoles
