O Museu do Louvre, em Paris, permanece fechado após o furto de joias apontadas como tendo valor patrimonial incalculável.
A ação, ocorrida na manhã de domingo, resultou no desaparecimento de oito peças históricas datadas da era napoleônica, cujo destino e integridade ainda são objeto de investigação internacional.
Furto audacioso em pleno dia
Segundo fontes oficiais francesas, o assalto começou por volta das 9h 30 (horário local) e durou apenas alguns minutos — relatórios mencionam entre quatro e sete minutos de operação. Um grupo de criminosos experientes acessou a galeria de forma arquitetada: utilizaram elevador de carga ou plataforma para alcançar uma janela de acesso, quebraram vitrines da galeria principal onde as joias estavam expostas e fugiram rapidamente, deixando apenas uma peça para trás, que foi abandonada fora do museu. A ação expôs vulnerabilidades no sistema de segurança do museu, intensificando o debate sobre a proteção de patrimônios culturais de alto valor.
Peças roubadas e legado histórico ameaçado
Entre os objetos levados estão tiaras, colares, broches e brincos pertencentes a figuras como a imperatriz Eugénie de Montijo, o imperador Napoleão III e integrantes da realeza francesa do século XIX. Uma das peças — uma coroa com safiras e cerca de dois mil diamantes — acabou sendo recuperada, porém danificada, em uma rua de Paris após a fuga. O valor monetário das joias ainda está sendo estimado oficialmente, mas as autoridades francesas insistem que seu maior valor reside no patrimônio histórico e cultural que representam.
Reações e implicações para o setor cultural
O ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, declarou que o roubo representa “um golpe ao patrimônio francês” e classificou as joias como de “valor incalculável”. A Procuradoria de Paris mobilizou cerca de cem investigadores para o caso, enquanto o museu permanece fechado e visitantes com ingressos para os próximos dias estão sendo reembolsados. Também foi anunciada uma revisão completa dos protocolos de segurança de instituições culturais no país, assim como uma possível aceleração dos investimentos no plano de modernização do museu estimado em 700 milhões de euros.
Fonte: Metrópoles, AP News (Adaptada).
