O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, mantêm nesta segunda-feira (3) encontro restrito.
A reunião acontece no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Polícia Militar, com participação da cúpula de Segurança do estado. O objetivo: esclarecer os termos da recente megaoperação que deixou mais de 120 mortos e apurar cumprimento de protocolos judiciais.
Contexto da megaoperação que motivou a reunião
Na última semana, uma ação conjunta das forças de segurança do Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão desencadeou o que é considerada a mais letal operação do estado, com ao menos 121 óbitos, incluindo policiais. O episódio provocou repercussão nacional e acionou medidas de fiscalização por parte do STF — o que resulta diretamente na audiência desta segunda-feira.
Agenda fechada: quem participa e o que será cobrado
Além de Moraes e Castro, participam do encontro o secretário estadual de Segurança Pública, o comandante da Polícia Militar, o delegado-geral da Polícia Civil e o diretor da perícia técnica-científica do estado. Ponto central da conversa: o relatório da operação, definição da força empregada, armamento utilizado, número oficial de mortes e feridos, além da preservação das perícias e vestígios forenses.
Pressão institucional e credibilidade em jogo
O ministro Moraes já determinou que o governo fluminense apresente «documentação rigorosa e integral» da operação, em cumprimento à ADPF das Favelas, decisão do STF que impõe diretrizes para intervenções em comunidades. A reunião torna-se assim um teste à coordenação entre Poder Judiciário, Executivo estadual e as forças policiais em meio ao escrutínio público.
O que a imprensa e a opinião pública esperam deste encontro
Para a mídia especializada, o encontro vale como momento de resposta institucional e de transparência. Espera-se que sejam anunciadas providências tangíveis, como abertura de inquérito interno, cronograma de perícias e planos de assistência às vítimas. Falta clareza na agenda oficial: nem Moraes nem Castro devem se pronunciar à imprensa após o encontro — o que eleva o nível de especulação.
Riscos políticos e implicações futuro
A audiência pode repercutir além da segurança pública: fragilidade nas ações estaduais gera desgaste político para o governo do Rio de Janeiro e coloca Moraes no centro do debate sobre federalização de políticas de atuação policial. Para o setor, o resultado será avaliado como indicador do grau de autonomia das forças locais diante da Justiça federal.
Fontes: CNN Brasil – “Moraes conduz audiência com Cláudio Castro sobre megaoperação nesta segunda” (03/11/2025). • R7 – “Moraes e Castro têm reunião restrita sobre megaoperação na presença da cúpula de Segurança do RJ” (03/11/2025).• Correio Braziliense via cobertura da operação.
