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Novo porta-aviões da China entra em operação em meio à concorrência naval com os EUA

O mais recente porta-aviões da China, o Fujian, foi oficialmente incorporado à marinha chinesa no início desta semana, marcando um avanço estratégico significativo na disputa marítima com os Estados Unidos.

Com deslocamento estimado em 80 mil toneladas métricas e equipado com sistema de catapulta capaz de lançar três tipos de aeronaves, o navio representa um novo capítulo na trajetória naval de Pequim.

Características técnicas do Fujian

O Fujian é apontado como o terceiro porta-aviões de propulsão convencional da China e o mais sofisticado até hoje, dotado de sistema de catapulta eletromagnética (EMALS) para lançamento de aeronaves. Com deslocamento de cerca de 80 mil toneladas métricas, aproxima-se dos porta-aviões da classe Nimitz dos EUA.

Momento e local da incorporação

A cerimônia de comissionamento foi presidida pelo presidente Xi Jinping em um porto militar em Sanya, na ilha de Hainan, no início da semana, conforme divulgado pela emissora estatal chinesa.

Implicações para a marinha chinesa e a disputa com os EUA

A entrada em operação do Fujian é vista como um marco na estratégia chinesa de ampliar sua presença naval global e alcançar paridade, ou ao menos reduzir a distância, em relação à marinha dos Estados Unidos. Apesar disso, especialistas ressaltam que, do ponto de vista operacional, o navio ainda pode estar em fase de maturação e não ter atingido a plena capacidade comparável aos porta-aviões norte-americanos.

Limitações e desafios técnicos apontados

Embora o Fujian apresente avanços tecnológicos, dois ex-oficiais da marinha dos EUA indicaram que o navio pode operar com cerca de 60% da capacidade de um porta-aviões estadunidense com décadas de serviço. Entre os pontos citados estão o fato de não ser movido a energia nuclear – o que exige escalas ou reabastecimento — e limitações no convés, como a configuração das catapultas e da pista de pouso.

Contexto de construção naval e futuro da frota chinesa

A China continua a ampliar sua marinha em ritmo acelerado, construindo navios de guerra de alta tecnologia e elevando sua capacidade de produção em série. O Fujian integra esse plano mais amplo, no qual já há outro porta-aviões em desenvolvimento — o denominado Tipo 004 — que deverá operar com tecnologia EMALS e propulsão nuclear.

Reações internacionais e cenário estratégico futuro

O comissionamento do Fujian provocou atenção de aliados dos EUA e de países da Ásia-Pacífico, que observam com cautela o fortalecimento naval chinês. A capacidade ampliada de projeção marítima de Pequim poderá alterar dinamicamente as alianças regionais e os padrões de patrulha naval no Pacífico.

Fonte (Referência das Informações): https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/novo-porta-avioes-da-china-entra-em-acao-em-meio-a-competicao-naval-com-eua/#goog_rewarded

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