Os ministros de Relações Exteriores da Otan se reuniram nesta quarta-feira em Bruxelas para discutir os rumos da guerra na Ucrânia, após novas negociações entre Rússia e EUA terminarem sem consenso.
O secretário-geral Mark Rutte alertou que a aliança encara “perigos reais”, enquanto Moscou se prepara para um confronto prolongado.
Aliança alerta para riscos crescentes
Durante a abertura do encontro, Rutte afirmou que a Rússia planeja um embate de longo prazo e ampliou a cooperação com China, Coreia do Norte e Irã. Além disso, segundo ele, Moscou vem promovendo ações de sabotagem, incursões aéreas e operações de inteligência que desafiam diretamente o bloco. Entretanto, o secretário-geral reforçou que a Otan está preparada para responder.
Europa pede mais investimentos em defesa
Rutte destacou que os países membros aumentaram gastos militares, porém defendeu mais esforços conjuntos. A chegada do inverno e a continuidade dos ataques elevam a urgência do apoio à Ucrânia. Além disso, ele afirmou que Kiev enfrenta bombardeios constantes, o que amplia a necessidade de reforço em sistemas de defesa.
Zelensky acompanha negociações e planeja encontro com EUA
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky informou que sua delegação se reunirá com autoridades americanas após o encontro em Bruxelas. Contudo, ele reconheceu que a resistência russa às propostas dificulta qualquer avanço. Além disso, a Ucrânia tenta garantir apoio contínuo para sustentar a defesa em regiões estratégicas.
Reunião em Moscou termina sem acordo
Putin conversou por mais de cinco horas com a delegação norte-americana, liderada pelo enviado Steve Witkoff. Apesar do longo diálogo, o Kremlin informou que não houve consenso sobre o plano de paz. O assessor Yuri Ushakov classificou o encontro como construtivo, porém reconheceu que será necessário muito mais trabalho para encontrar convergência.
Kremlin nega rejeição total às propostas de paz
Nesta quarta-feira, o porta-voz Dmitry Peskov negou que Putin tenha descartado integralmente as sugestões dos Estados Unidos. Segundo ele, alguns pontos foram considerados aceitáveis, enquanto outros não se alinham aos interesses russos. Além disso, Peskov classificou a rodada como um “processo normal” de busca por consenso.
Pontos centrais do plano seguem dividindo Moscou e Kiev
O documento de 28 pontos discutido nas últimas semanas incluía o reconhecimento da Crimeia e de regiões separatistas como parte da Rússia, além da redução das forças armadas ucranianas. Entretanto, tais propostas foram modificadas pela pressão europeia e pelas exigências de Kiev. Apesar disso, diferenças significativas permanecem, especialmente sobre concessões territoriais e garantias de segurança.
Fonte (Referência): BBC News Brasil – https://www.bbc.com/portuguese/articles/ce3z92e8gx7o
