A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga fraudes bilionárias no INSS determinou a prisão em flagrante do presidente da Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes.
A acusação que levou à decisão é de falso testemunho. O pedido de prisão preventiva foi elaborado e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Contradições no depoimento
Durante a oitiva, Lopes apresentou versões conflitantes e negou conhecimento de movimentações financeiras milionárias atribuídas à entidade. As contradições reforçaram a suspeita de ocultação de informações, levantando questionamentos sobre sua conduta diante do colegiado.
Acusações do relator
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), acusou o dirigente de mentir deliberadamente ao Parlamento. Segundo ele, Lopes teria escondido dados relevantes e tentado convencer os parlamentares de que operações irregulares se tratavam de atividades legais.
Prisão preventiva solicitada
O relator Alfredo Gaspar (União-AL) enviou ao ministro André Mendonça, do STF, um pedido de prisão preventiva. A solicitação aponta risco de fuga, ameaça a testemunhas e possibilidade de dissipação de recursos desviados, o que poderia comprometer a recuperação dos valores destinados à Previdência.
Outros desdobramentos
Essa não foi a primeira prisão em flagrante determinada pela comissão. Na semana anterior, outro empresário também havia sido detido por prestar declarações falsas e ocultar documentos. Ambos os casos reforçam a linha dura adotada pelo colegiado na condução das investigações.
Esquema bilionário em apuração
A CPMI foi instalada após a revelação de fraudes em descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS, que geraram prejuízos estimados em mais de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024. O escândalo levou à saída de dirigentes e servidores, além de colocar sob investigação figuras centrais do esquema, como Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”.
Fonte (Referência das Informações): SBT News

