O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta sexta-feira (21) que as forças russas continuarão avançando sobre o território ucraniano se o país rejeitar plano de paz proposto pelos Estados Unidos.
Segundo Putin, o documento pode servir como base para um acordo, mas o recuo de Kiev forçará uma escalada militar. Ele advertiu que, se a proposta for recusada, a Rússia não hesitará em conquistar novas regiões além das atualmente ocupadas.
Plano dos EUA como “base possível” — mas com pressão
Durante reunião do seu Conselho de Segurança, Putin afirmou que o plano americano — um texto de 28 pontos apresentado à Rússia e à Ucrânia — “pode ser usado como base para um acordo de paz definitivo”. Contudo, ele ressaltou que Moscou ainda não discutiu o documento em detalhes com Washington. Apesar disso, Moscou teria recebido cópia da proposta e avaliado que ela coincide, ao menos em parte, com as exigências russas. Para o presidente, o problema está no fato de que “nem Kiev nem as potências europeias entendem a realidade”: a presença russa no terreno “é um fato” e seguirá crescendo caso o plano não seja aceito.
Avanços no front como aviso — Kupiansk e além
Putin citou como exemplo um suposto controle quase total da cidade de Kupiansk, no nordeste da Ucrânia, desde o início de novembro, apesar de Kiev negar a queda da localidade. Ele usou essa alegação como demonstração de que a ofensiva russa vem ganhando tração, e que novos avanços poderiam ocorrer em outros setores estratégicos da guerra se a postura ucraniana se mantiver rígida. Segundo ele, se a Ucrânia e seus aliados insistirem no “não” ao plano, eventos semelhantes aos de Kupiansk se repetirão em regiões cruciais da frente.
Rússia mantém abertura para negociações — sob pressão
Apesar da retórica agressiva, Putin disse estar disposto a discutir uma solução pacífica, desde que Kiev aceite rever sua posição. Ele sugeriu que o plano dos EUA poderia iniciar essas negociações, mas advertiu que a recusa resultará “em consequências inevitáveis”. A insistência em um processo diplomático é, na visão russa, um gesto de boa vontade — mas condicionado à capitulação ou à aceitação dos termos colocados por Moscou.
Fonte (Referência): UOL Notícias – https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2025/11/21/putin-territorios-ucrania.htm
