A paralisação parcial do governo norte-americano entrou em seu sexto dia nesta segunda-feira (6).
A Casa Branca intensifica pressões ao sinalizar demissões em massa de funcionários federais caso o impasse entre republicanos e democratas não seja resolvido.
Impasse político aprofunda crise governamental
Republicanos alinhados ao presidente Donald Trump e democratas do Congresso ainda não conseguiram fechar entendimento sobre o financiamento parcial das agências federais. Apesar das tentativas de conciliação, nenhuma das propostas apresentadas — seja a versão republicana ou alternativa democrata — vem alcançando os 60 votos de que o Senado precisa para avançar. Essa paralisação surgiu após o prazo de financiamento do governo terminar em 1.º de outubro, caso que torna mais agudo o dilema orçamentário nacional.
Demissões viram arma de pressão da Casa Branca
Questionado no domingo sobre quando as demissões começariam, Trump afirmou que elas já estariam “acontecendo agora mesmo”. A Casa Branca advertiu que milhares de servidores federais poderão ser dispensados se o shutdown persistir. Russell Vought, diretor do orçamento, ordenou o congelamento de US$ 28 bilhões em verbas para estados com gestão democrata, entre eles Nova York e Califórnia.
Operações federais afetadas e exceções “essenciais”
Com a paralisação, serviços governamentais não essenciais estão suspensos ou operando de forma limitada. No entanto, áreas como segurança nacional, controle de tráfego aéreo, agências de fiscalização e serviço postal continuam em funcionamento parcial. Relatórios econômicos, pesquisas científicas e outras atividades regulatórias foram interrompidas até nova definição orçamentária.
Desgaste para ambos os lados e riscos de escalada
Líderes democratas rejeitam ceder sob chantagem de demissões, criticando o uso de servidores como “peões políticos”.
Entre republicanos moderados, há receio de que a pressão exacerbada prejudique a imagem pública e torne o impasse ainda mais difícil de romper. Analistas apontam que, se a paralisação se prolongar, o custo político pode superar o ganho de estratégia.
Histórico e precedentes pesam no cenário atual
Este é o 15.º shutdown desde 1981, empatando com a paralisação de seis dias em 1995 como uma das mais longas até aqui.
O recorde ainda pertence ao período entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, que durou 35 dias, também sob comando de Trump. Especialistas alertam que os efeitos econômicos e sociais tendem a piorar conforme o bloqueio perdura, especialmente quanto mais longa for a crise orçamentária.
Fonte (Referência das Informações): SBT News — “Shutdown: paralisação do governo dos EUA entra no 6º dia com ameaça de demissões”
