Relatório do Coaf encaminhado à CPMI revela transações milionárias envolvendo o Sindnapi (familiares e dirigentes).
O órgão é presidido por dirigentes próximos a Frei Chico, irmão do presidente Lula, levantando questionamentos sobre a origem e o destino dos recursos.
Movimentações financeiras expressivas
De acordo com documento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) movimentou aproximadamente R$ 1,2 bilhão entre janeiro de 2019 e junho de 2025. O montante inclui R$ 586 milhões em créditos e R$ 613 milhões em débitos.
Operações em espécie sob investigação
O relatório encaminhado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS destacou operações em espécie realizadas pelo sindicato. Foram identificados saques e depósitos que, somados, ultrapassam R$ 6,5 milhões. Segundo o Coaf, tais transações apresentam elevado grau de complexidade por dificultarem a rastreabilidade da origem e do destino final dos valores.
Benefícios a empresas de familiares
O documento também aponta repasses do Sindnapi a empresas pertencentes a familiares de dirigentes da entidade. Ao todo, foram destinados cerca de R$ 8,2 milhões para companhias ligadas a parentes do atual presidente, Milton Baptista de Souza Filho, conhecido como Milton Cavalo, e do ex-presidente João Batista Inocentini, falecido em 2023.
Relação com figuras políticas
Frei Chico, irmão do presidente Lula, ocupa a vice-presidência do sindicato. O envolvimento direto de uma figura tão próxima ao chefe do Executivo reforça as discussões políticas em torno da CPMI e amplia a pressão sobre os dirigentes da entidade. Parlamentares já estudam a convocação de nomes ligados ao setor jurídico do Sindnapi para prestar esclarecimentos.
Silêncio da entidade até o momento
A reportagem entrou em contato com a direção do Sindnapi, mas não obteve resposta até a publicação. A ausência de manifestação oficial mantém em aberto os questionamentos levantados pelo relatório e intensifica as discussões no Congresso sobre os rumos da investigação.
Fonte (Referência das Informações): metropoles.com

