Nesta terça-feira (2 de setembro de 2025), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal retomou o julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus.
Os réus são apontados como o “núcleo crucial” da trama para reverter o resultado das eleições de 2022. A sessão da manhã concentrou o relatório do ministro Alexandre de Moraes e a fala inicial do procurador-geral da República, Paulo Gonet; à tarde, as defesas apresentam suas sustentações.
O que está em jogo
A denúncia da Procuradoria-Geral da República atribui aos oito réus cinco crimes: integrar organização criminosa armada, atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito, tentar golpe de Estado, praticar dano qualificado por violência e grave ameaça e deteriorar patrimônio público tombado. Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 40 anos, a depender do papel de cada acusado.
Como será o rito
O julgamento ocorre em sessões presenciais e/ou transmitidas ao vivo, com fala da acusação e das defesas antes da votação dos ministros. O calendário definido prevê sessões nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, quando a Primeira Turma poderá concluir o placar sobre condenação ou absolvição.
Quem são os réus
Além de Jair Bolsonaro, respondem no processo Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Mauro Cid. Segundo o relator, o grupo integra o núcleo apontado como responsável pela concepção e direção da tentativa de ruptura institucional.
O que dizem acusação e defesa
Na abertura, Paulo Gonet defendeu a condenação ao afirmar que há testemunhos, registros e documentos que indicam uma articulação para deslegitimar o processo eleitoral e preparar a ruptura. As defesas contestam, dizem que não houve ato executório de golpe, questionam a credibilidade de provas e criticam a condução do processo, pedindo a absolvição.
Fonte – Referência das Informações: SBT News
